domingo, 23 de janeiro de 2011

Introdução a Milton Friedman (1)

Sobre economia basta-me Milton Friedman. O homem não é nenhum radical, é sensato. O problema dele são as suas convicções, sólidas e fundamentadas. Defender o mercado não é fácil, apontar o dedo aos burocratas, idem. O exemplo do lápis é paradigmático, para produzir um simples lápis com um preço competitivo, milhares de pessoas, com diferentes culturas, ideias políticas, sensibilidades ou afinidades têm de cooperar. Levar o conceito de mercado a outras áreas: educação, defesa do consumidor, apoios sociais, gera acesas discórdias. Mas obliterar as ideias de Friedman, evitar trazer alguns aspectos dos seus ideais é um erro. Por dois motivos: o desenvolvimento económico é fundamental ao nosso bem-estar; e é preciso criar riqueza para poder distribui-la. E nós não temos sido capazes de crescer e desenvolver. Cada vez mais será difícil a "equidade" se não prosperarmos. Espero que possa expor Friedman de forma adequada e perspicaz.